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Economia

Governo abre processo contra 123milhas e pede explicações à Hurb

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123milhas e Hurb
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A 123milhas e a Hurb, empresas do ramo de turismo, estão sendo acompanhadas de perto pelo governo federal. As duas empresas estão lidando com processos administrativos abertos contra elas na Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Nesse sentido, a entidade comandada pelo Ministério da Justiça resolveu agir e “pegar no pé” dessas companhias nessa última sexta-feira (20).

O que aconteceu com a 123milhas?

Em 29 de agosto, a 123milhas realizou seu pedido de Recuperação Judicial (RJ) à 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte (MG). Segundo a própria empresa, os motivos para isso foram “internos e externos”, os quais “impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos”. Basicamente, significa que a empresa se endividou demais nos últimos anos e agora não consegue arcar com tais dívidas.

Entretanto, a RJ foi suspensa de forma provisória durante o mês de setembro. A razão: constatação prévia, um artifício jurídico que objetiva constatar as condições de funcionamento da empresa e a regularidade dos documentos fornecidos logo no início do processo. Concomitantemente, cobranças de clientes, fornecedores e credores se acumularam, ao passo que muitos consumidores com pacotes contratados tiveram várias dificuldades para viajar.

Quanto à relação com a Senacon, o órgão abriu um processo administrativo contra a agência de viagens com o objetivo de apurar vestígios de “descumprimento sistemático de contratos, nos termos do que foi ofertado”, além de negativas para reembolsar clientes. Vitor Hugo Ferreira, diretor substituto do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, expediu a decisão, pedindo que a empresa apresente uma defesa em até 20 dias.

E o que houve com a Hurb?

Diferentemente da 123milhas, a Hurb não está em Recuperação Judicial – por enquanto, pelo menos. Contudo, a empresa tem atrasado, nos últimos meses, pagamentos aos seus fornecedores, circunstância que levou a cancelamentos de várias reservas de clientes. Ademais, o fundador da companhia, João Ricardo Mendes, renunciou ao seu cargo de CEO. Aliás, essa atitude do antigo chefe ocorreu depois que ele divulgou um vídeo expondo dados dos consumidores e “tirando onda” com as reclamações deles.

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Em relação à postura da Senacon com a Hurb, Vitor Hugo Ferreira pediu explicações sobre a continuidade da venda de pacotes com datas flexíveis mesmo após isso ter sido proibido pelo órgão. A agência de viagens tem 05 dias para responder ao pedido. Caso ultrapasse tal período, será aplicada uma multa diária de R$ 50 mil.

Casos mostram crise do setor de pacotes de viagens

Os exemplos fornecidos pela 123milhas e pela Hurb evidenciam a crise das organizações que trabalham com pacotes de viagens. Apesar do setor de turismo estar em alta, principalmente após o arrefecimento das regras quanto à Covid-19, essas empresas têm um modelo de negócio que foi extremamente maltratado pela pandemia. E como esse modelo funciona?

Essas agências trabalham com pacotes de viagens que normalmente já possuem passagens aéreas e hospedagens. Contudo, eles são disponibilizados aos consumidores muito tempo antes da data de partida – muitas vezes, com mais de um ano de antecedência. Nesse tipo de cenário, se os preços sobem no dia do voo e da hospedagem, a empresa fica com prejuízo, pois já vendeu tais itens por um preço bem abaixo no momento em que o cliente fechou o pacote. Basicamente, esse modelo de negócio corresponde a uma aposta: a 123milhas e a Hurb “apostavam” que os preços não subiriam, mas foi justamente isso o que aconteceu.

Como as pessoas estavam “loucas” para viajar após a pandemia, a demanda por passagens aéreas, hospedagens, passeios e similares cresceu consideravelmente. E se há maior demanda, os preços tendem a subir. E foi justamente aí que essas companhias erraram: em não prever que a população gostaria de viajar logo após a pandemia, independentemente dos riscos sanitários que talvez estivessem envolvidos. Sendo assim, a crise se instalou no setor e essas empresas foram penalizadas, chegando aos extremos descritos anteriormente.

O que aconteceu com a 123milhas?

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A 123milhas entrou com um pedido de Recuperação Judicial devido a problemas financeiros e teve sua RJ temporariamente suspensa. Além disso, a empresa enfrenta um processo administrativo da Senacon.

Qual é a natureza do processo administrativo contra a 123milhas?

A Senacon abriu o processo para investigar a 123milhas por possíveis descumprimentos sistemáticos de contratos e recusas em reembolsar clientes.

O que aconteceu com a Hurb?

A Hurb tem atrasado pagamentos a fornecedores, levando ao cancelamento de várias reservas de clientes. Além disso, seu fundador renunciou ao cargo de CEO após expor dados dos consumidores em um vídeo.

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Por que a Senacon está investigando a Hurb?

A Senacon está investigando a Hurb por continuar a vender pacotes com datas flexíveis, mesmo após essa prática ter sido proibida pelo órgão.

Como a pandemia afetou as empresas de turismo como a 123milhas e a Hurb?

A pandemia afetou essas empresas devido ao modelo de negócios de vender pacotes de viagens com antecedência, resultando em perdas quando os preços dos itens incluídos nos pacotes aumentam devido à alta demanda.

Por que a 123milhas e a Hurb não previram a alta demanda por viagens após a pandemia?

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Essas empresas não previram a alta demanda e os preços em alta devido ao desejo das pessoas de viajar após a pandemia, independentemente dos riscos sanitários envolvidos.

Agora, um resumo descontraído:

“Amigos, as empresas de turismo 123milhas e Hurb estão enfrentando problemas sérios. A 123milhas entrou com um pedido de Recuperação Judicial devido a problemas financeiros e agora enfrenta uma investigação da Senacon por não cumprir contratos e recusar reembolsos aos clientes. Já a Hurb está atrasando pagamentos a fornecedores, o que levou ao cancelamento de reservas. Além disso, o fundador da empresa renunciou ao cargo de CEO após um vídeo polêmico.

Essas situações mostram como o setor de pacotes de viagens foi duramente afetado pela pandemia. Essas empresas vendem pacotes com antecedência e não previram a alta demanda por viagens pós-pandemia, o que resultou em prejuízos. Vamos ficar de olho para ver como essas empresas vão lidar com esses problemas no futuro!”

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Formado em Economia Empresarial e Controladoria pela Universidade de São Paulo (USP), gosto de escrever sobre Finanças, Negócios e Esportes.

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