Tecnologia
Meta, dona do Facebook e do Instagram, sofre processo de mais de 30 estados dos EUA
Mais de 30 estados dos EUA abriram um processo contra a Meta, dona do Facebook e do Instagram, no Tribunal Federal da Califórnia. Entre eles estão Nova Iorque e a própria Califórnia. A ação conjunta baseia-se no argumento de que a empresa de Mark Zuckerberg, através de suas redes sociais já citadas, explora jovens e adolescentes. Nesse sentido, essa exploração se dá por meio de métodos para chamar a atenção desse público e, assim, lucrar com a propagação de conteúdo negativo.
De acordo com o The Wall Street Journal, esse imbróglio ocorre devido à falta de consenso entre a gigante de tecnologia e as unidades federativas estadunidenses sobre limites de acesso às redes sociais pertencentes à organização. Desse modo, os estados americanos entendem que muitos adolescentes são compulsivamente atraídos por essas mídias mediante estratégias de marketing desenhadas justamente para esse fim.
Diante desse cenário, a causa judicial expõe a indiferença da Meta para com as consequências negativas de suas plataformas sobre os mais jovens. Aliás, especula-se que a companhia realizou estudos que confirmaram que a utilização desmedida de redes sociais traz graves perigos para os adolescentes, gerando até mesmo dependência desses portais – como uma espécie de vício. Sendo assim, o principal objetivo dessa mobilização é que a companhia interrompa as práticas que contribuem para esse cenário preocupante.
A defesa da Meta
Um representante da organização expressou o compromisso em garantir a segurança digital dos jovens. Ademais, destacou que a companhia inseriu várias ferramentas para ajudar os adolescentes nesse sentido. De acordo com ele: “Compartilhamos o compromisso dos procuradores-gerais de proporcionar aos adolescentes experiências online seguras e positivas, e já introduzimos mais de 30 ferramentas para apoiar os adolescentes e suas famílias.”
A Meta também expressou sua insatisfação com o processo aberto pelos estados americanos. Segundo um comunicado da empresa: “Estamos desapontados com o fato de que, em vez de trabalhar de forma produtiva com empresas de todo o setor para criar padrões claros e adequados à idade para os muitos aplicativos que os adolescentes usam, os procuradores-gerais escolheram esse caminho.”
Vale destacar que Facebook e Instagram obrigam que usuários menores de 13 anos contem com a permissão dos pais para ter uma conta. Entretanto, os reclamantes defendem que a gigante tecnológica tem coletado dados pessoais de adolescentes sem a apresentação do consentimento exigido.
Polêmica recorrente
Não é a primeira vez que a Meta está envolvida em uma polêmica sobre os perigos que as redes sociais podem representar aos mais jovens. No fim de 2021, uma ex-funcionária de Zuckerberg, Frances Haugen, expôs documentos internos que apontavam negligência da empresa quanto ao referido assunto. Nesse sentido, ela declarou que a companhia se aproveitava, de maneira consciente, de adolescentes mais desamparados. E o objetivo disso era claro: lucrar.
Haugen também evidenciou um estudo relacionado a meninas adolescentes que desenvolviam problemas de saúde – como ansiedade – devido a imagens de seus próprios corpos, as quais eram postadas no Instagram.
Diante disso, o testemunho de Frances ao Congresso dos EUA é apontado na ação dos estados americanos contra a companhia de Zuckerberg.
Outro caso que ganhou notoriedade foi o processo do estado do Arkansas contra a Meta, contando com argumentos semelhantes aos da recente mobilização conjunta. No primeiro semestre de 2023, a unidade federativa acusou a organização de deliberadamente fazer com que os jovens fiquem viciados em redes sociais.
Percebe-se, então, que essas mídias estão sob constante investigação, no intuito de examinar cada vez mais como elas influenciam os adolescentes. Nesse sentido, vale finalizar com a informação de que o estado de Utah já tomou medidas para restringir o “poder” desses portais: foram tomadas algumas providências para que o Twitter e o Instagram, por exemplo, avaliem a idade dos usuários e, dessa maneira, imponham determinadas restrições para menores de idade.
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Por que mais de 30 estados dos EUA abriram um processo contra a Meta, empresa dona do Facebook e Instagram? Os estados dos EUA abriram um processo contra a Meta devido à alegação de que a empresa explora jovens e adolescentes através de estratégias de marketing em suas redes sociais, como o Facebook e o Instagram.
Qual é a base da ação judicial contra a Meta? A ação judicial é baseada na falta de consenso entre a Meta e os estados americanos sobre os limites de acesso às redes sociais da empresa, que alegam que estratégias de marketing estão atraindo compulsivamente os adolescentes para essas plataformas.
O que a causa judicial destaca sobre a postura da Meta em relação aos adolescentes? A causa judicial destaca a indiferença da Meta em relação às consequências negativas de suas plataformas sobre os adolescentes, incluindo o desenvolvimento de dependência das redes sociais.
Como a Meta se defende contra as alegações feitas nos processos? A Meta se defende afirmando que está comprometida com a segurança digital dos jovens e introduziu várias ferramentas para apoiar os adolescentes e suas famílias.
Qual é a idade mínima estipulada pelo Facebook e Instagram para os usuários? O Facebook e o Instagram exigem que os usuários menores de 13 anos tenham a permissão dos pais para criar uma conta.
O que Frances Haugen revelou sobre a Meta em relação aos adolescentes? Frances Haugen, uma ex-funcionária da Meta, expôs documentos internos que apontavam negligência da empresa em relação aos perigos que as redes sociais representam para os adolescentes, alegando que a empresa se aproveitava conscientemente de adolescentes desamparados para lucrar.
Além do processo conjunto, houve outros estados que entraram com ações contra a Meta? Sim, o estado do Arkansas também processou a Meta no primeiro semestre de 2023, com argumentos semelhantes aos do processo conjunto, alegando que a empresa deliberadamente faz com que os jovens fiquem viciados em redes sociais.
Resumo do Artigo: Para resumir, mais de 30 estados dos EUA abriram um processo conjunto contra a Meta, empresa dona do Facebook e Instagram, alegando que a empresa explora jovens e adolescentes por meio de estratégias de marketing em suas redes sociais. A Meta se defende afirmando seu compromisso com a segurança dos jovens e a introdução de ferramentas de apoio. A ação judicial destaca a preocupação com a falta de limites de acesso e o uso desmedido de redes sociais pelos adolescentes. Essas ações judiciais evidenciam a crescente investigação sobre como as redes sociais influenciam os adolescentes nos EUA.